Inclusão digital é o nome dado ao
processo de redução das desigualdades e dificuldades de acesso às
tecnologias de informação e comunicação de uma determinada região ou
comunidade. Incluir digitalmente não é apenas disponibilizar meios de
conexão com o mundo digital ou “alfabetizar” a pessoa em informática,
mas também melhorar as suas condições de vida simplificando sua rotina
diária e maximizando o tempo nas atividades com recursos
computadorizados.
Sob
o ponto de vista ético, a inclusão digital é considerada como uma ação
que promoverá a conquista da “cidadania digital”, contribuindo para uma
sociedade mais igualitária, com a expectativa da inclusão social. A
capacidade de obter ganhos de produtividade a partir do uso da
tecnologia da informação é um dos objetivos principais do tema. Dessa
forma, além de encurtar as distâncias, oferecer às comunidades que vivem
afastadas dos grandes centros oportunidades que incluem a educação e a
comunicação, a tecnologia traz para a população os conceitos da
modernidade atual.
Ao
passo que as sociedades vão se desenvolvendo e se modernizando, há a
necessidade de atualizar os meios de comunicação e consequentemente de
preparar a população para utilizar esses meios. Algumas atividades
tornaram-se computadorizadas pois aumenta a facilidade de serem
realizadas pelos usuários , outras pelo simples fato de atividades
manuais serem ultrapassadas. O que importa mesmo é que, independente do
motivo pelo qual foram realizadas as mudanças, a sociedade precisa
acompanhar os desenvolvimentos tecnológicos. De acordo com pesquisas, a
maioria dos brasileiros computadorizados tem curso superior completo e
se situa entre as classes A, B e C, enquanto para as classes D e E a
quantidade cai consideravelmente. Quanto à faixa etária predominante
entre esses mesmos usuários, 23% vai de 16 a 24 anos e apenas 8% são
pessoas acima de 60 anos. Os dados permitem traçar o perfil do indivíduo
"incluído digitalmente": jovem, pertence às classes superiores,
provavelmente vive em um lar com diversos recursos tecnológicos e
portanto sabe usá-los, além de possuir uma conexão rápida à internet.
Sabemos que a dificuldade na inclusão digital não se concentra somente
na apropriação da máquina mas se estende para a dificuldade de
aprendizado na utilização dela, e um dos fatores é a carência de contato
com a linguagem utilizada nos equipamentos. É notório que idosos e
pessoas de classe baixa apresentam uma certa resistência em assimilar o
que deve-se fazer em um computador.
Diversos
projetos são criados por ONGs, governos e algumas empresas com o
objetivo de promover o acesso dos segmentos mais pobres da população e
de deficientes físicos às tecnologias da informação. Embora existam
muitos que obtêm êxito, em alguns existe um interesse maior por parte
dos criadores em divulgar esses projetos em benefício próprio. É comum
ver empresas e governos falando em democratização do acesso e inclusão
digital sem critérios e sem prestar atenção se a tal inclusão promove os
efeitos desejados. No entanto, diversos outros programas como o PID -
Projeto Inclusão Digital criado pela UNIJUI, preocupam-se em melhorar o
quadro social da classe a partir do manuseio dos computadores, afinal
ter um computador não significa necessariamente que a utização do mesmo
irá trazer uma otimização na vida dos usuários. Para isso,
disponibilizam instrutores para darem aulas teóricas e práticas.
A
inclusão digital torna-se parceira da cidadania e da inclusão
social. Desta forma, a inclusão digital vem como fundamento na busca
pelo desenvolvimento humano, tendo em vista o novo paradigma do mundo
moderno, em que cada vez mais as atividades do cotidiano dependem das
Tecnologias de Informação e Comunicação.
Referências
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