quarta-feira, 13 de abril de 2016

Inferno: a sua internet vai piorar com as novas limitações das operadoras

 

Foi no começo de fevereiro que a Vivo anunciou um novo modelo de negócios para o Internet Fixa, antigo Speedy, que é sua divisão responsável por oferecer planos de internet residencial. As declarações da companhia chocaram a internet: a partir de 2017, os planos de banda larga da empresa passariam a ter um sistema de franquia igual aos que já conhecemos no mundo da rede móvel.
Isso significa que, no ano que vem, clientes da companhia terão um limite de dados em gigabytes para navegar na web – e, caso ultrapasse tal saldo, suas conexões podem ter a velocidade reduzida ou até mesmo serem cortadas, sendo necessário pagar uma taxa extra para continuar navegando normalmente. Em seu plano mais econômico (Banda Larga Popular de 200 Kb/s), a Vivo oferecerá uma franquia de 10 GB; no mais robusto (25 Mb/s), esse valor sobe para 130 GB.
Em meio a uma polêmica absurda, não demorou muito para que outras operadoras decidissem aderir à nova moda: a NET/Claro e a Oi entraram na onda das franquias, enquanto a Live TIM preferiu resguardar-se sobre o assunto. Mas, afinal, o que muda na vida do consumidor caso esse novo formato entre em vigor? O que cada empresa tem a dizer sobre o assunto? Quais iniciativas estão sendo organizadas para barrar a mudança? O TecMundo foi atrás de respostas para essas e outras perguntas fundamentais.
Tanto os planos de internet ADSL quanto de fibra óptica da Vivo serão regidos por franquias

Como era e como vai ser

Historicamente, os planos de internet banda larga no Brasil sempre adotaram um formato de cobrança bastante simples: o cliente paga uma mensalidade fixa para usar a internet à vontade em uma velocidade pré-determinada (por exemplo, R$ 40 por uma conexão de 2 Mbps). Arcando com esse valor e tendo em mente sua velocidade limitada, o consumidor tem a liberdade de navegar o quanto quiser e baixar quantos arquivos ele desejar.
Esse formato de cobrança limita bastante o que você pode ou não fazer na internet
Porém, a ideia da Vivo e de outras operadoras é eliminar esse padrão e migrar para outro bem diferente. No novo modelo, você terá uma franquia de dados – ou seja, um limite de quanto você poderá navegar e fazer downloads na web. Ultrapassando essa cota, sua conexão poderá ter a velocidade reduzida ou até mesmo cortada até o fim do mês; para continuar usando a internet normalmente, será necessário pagar uma taxa extra para aumentar a franquia.
Como você deve ter percebido, é exatamente o mesmo sistema adotado nos pacotes de internet móvel. Sabe quando você recebe aquele temido SMS dizendo que sua franquia de dados atingiu o limite e é necessário desembolsar uma grana para continuar navegando? A ideia é que a mesma coisa passe a ocorrer no seu computador. Esse formato de cobrança limita bastante o que você pode ou não fazer na internet, e é aí que entram as críticas.
Com novo formato de cobrança, internet fixa vai ficar parecida com a móvel

Entendendo o problema

A Vivo Internet Fixa atualmente conta com seis planos de banda larga ADSL (aquela em que você usa um cabo telefônico acoplado em um modem) em seu portfólio, e todos passarão a ser regidos por franquias a partir do dia 31 de dezembro de 2016. Os limites serão os seguintes:
  • Banda Larga Popular 200 kbps: franquia de 10 GB;
  • Banda Larga Popular 1 e 2 Mbps: franquia de 10 GB;
  • Vivo Internet 4 Mbps: franquia de 50 GB;
  • Vivo Internet 8 e 10 Mbps: franquia de 100 GB;
  • Vivo Internet 15 Mbps: franquia de 120 GB;
  • Vivo Internet 25 Mbps: franquia de 130 GB.
Agora, suponhamos que você seja assinante do plano de 1 Mbps (que é bastante comum entre a população de baixa renda). Você pode gerar até 10 GB de tráfego por mês. Isso equivale a menos de quatro horas de vídeos em HD na Netflix – uma péssima notícia para quem gosta de assistir a séries e filmes através do serviço de streaming.
Essa medida pode até mesmo ser considerada uma censura dos meios de comunicação
Isso também limitaria o uso do YouTube, Spotify e plataformas de ensino, como o Khan Academy e o Coursera. Baixar jogos para consoles de última geração (como PS4 e Xbox One) seria uma tarefa complicada, visto que cada título pesa de 15 GB a 50 GB. A situação fica pior quando nos lembramos que, na maioria dos casos, a mesma conexão é compartilhada entre vários membros de uma família (e a franquia seria dividida entre cada indivíduo da casa).
Limitar o acesso à internet é um retrocesso enorme, especialmente quando temos em mente que a web é uma poderosa ferramenta de acesso à informação. Seria o mesmo que dizer a um cidadão que ele só pode pegar três ou quatro livros emprestados de uma biblioteca público por mês. Em uma época em que até a ONU declarou que a rede mundial de computadores é algo essencial para o exercício da democracia, essa medida pode até mesmo ser considerada uma censura dos meios de comunicação.
Entenda como o novo modelo é danoso para a população

O que a Vivo tem a dizer

Em um comunicado oficial emitido hoje (12) aos veículos de imprensa, a Vivo reafirmou que, de fato, começará a usar o formato de franquia a partir de 31/12/2016. Porém, as novas regras só valem para clientes que contrataram um plano depois do dia 5 de fevereiro deste ano; consumidores mais antigos continuarão sem limite de navegação.
A empresa também revelou que clientes GVT (que se fundiu ao Grupo Telefônica) e Vivo Fibra que firmaram contrato a partir do dia 2 de março deste ano estarão sujeitos às franquias também; assinantes antigos continuam navegando livremente. Será disponibilizada uma ferramenta online para o internauta acompanhar seu uso de dados. Os limites para os planos de internet em fibra óptica serão os seguintes:
  • Vivo Fibra 15 Mbps: franquia de 120 GB;
  • Vivo Fibra 25 Mbps: franquia de 130 GB;
  • Vivo Fibra 50 Mbps: franquia de 170 GB;
  • Vivo Fibra 100 Mbps: franquia de 220 GB;
  • Vivo Fibra 200 Mbps: franquia de 270 GB;
  • Vivo Fibra 300 Mbps: franquia de 300 GB;
Questionada pelo TecMundo, a companhia não informou se será possível contratar um pacote de internet avulso após o término das franquias e tampouco o que motivou a marca a mudar esse formato de cobrança de forma tão repentina.
Clientes da Vivo Fibra, internet de fibra óptica, também terão limitações na navegação

O posicionamento da Oi

O TecMundo procurou as principais operadoras de internet fixa do Brasil para saber o que cada um tem a dizer a respeito da polêmica. A Oi foi a primeira a responder aos nossos questionamentos, e afirmou que, embora seus planos tenham uma franquia informada ao cliente no momento da assinatura do contrato, a operadora ainda não pratica a redução de velocidade e tampouco o corte da conexão caso o consumidor ultrapasse tais limites.
A empresa não detalhou se pretende implementar a redução em algum momento. Fomos atrás do contrato de banda larga da Oi e encontramos a seguinte informação a respeito dos limites de navegação:
  • Oi Banda Larga de até 2 Mbps: franquia de 60 GB;
  • Oi Banda Larga 5 Mbps: franquia de 70 GB;
  • Oi Banda Larga 10 Mbps: franquia de 90 GB;
  • Oi Banda Larga 15 Mbps: franquia de 110 GB;
  • Oi Banda Larga 20 Mbps: franquia de 110 GB;
  • Oi Banda Larga 25 Mbps: franquia de 130 GB;
  • Oi Banda Larga 35 Mbps: franquia de 130 GB.
De acordo com o documento, a Oi poderia reduzir a velocidade da conexão do cliente em até 300 Kbps caso este ultrapasse os saldos estabelecidos – porém, voltamos a ressaltar, de acordo com o posicionamento oficial da companhia, essa redução ainda não acontece para nenhum cliente.
Os planos da Oi têm franquias, mas a companhia não reduz e tampouco corta a navegação do usuário

NET/Claro: “sempre tivemos franquias”

Antes de mais nada, vale a pena lembrar que a NET e a Claro fazem parte do mesmo grupo de empresas, e a marca utilizada para o fornecimento de banda larga é a NET Vírtua. De acordo com a companhia, seus planos de internet fixa sempre foram regidos por franquias de uso, desde a inauguração da empresa em 2004. A corporação afirma que seus usuários não costumam reclamar de velocidade reduzida porque suas franquias são “confortáveis” e você dificilmente atinge os limites estabelecidos, a menos que seja um heavy user.
Fomos ao site oficial da NET Vírtua, e, de fato, as franquias para cada um de seus planos estão bem claras para o contratante. Os valores são os seguintes:
  • NET Vírtua 2 Mbps: franquia de 30 GB;
  • NET Vírtua 15 Mbps: franquia de 80 GB;
  • NET Vírtua 30 Mbps: franquia de 100 GB;
  • NET Vírtua 60 Mbps: franquia de 150 GB;
  • NET Vírtua 120 Mbps: franquia de 200 GB.
Há também um plano especial de 500 Mbps, que custa R$ 799 por mês e possui uma franquia de 500 GB. A companhia não pretende fazer alterações nesses limites de uso.
De acordo com a própria empresa, a NET sempre trabalhou com o sistema de franquias em banda larga

A visão da Live TIM

A Live TIM, aparentemente, é a única prestadora que não seguirá esse novo modelo de cobrança. Requisitada pelo TecMundo, a companhia nos enviou seu posicionamento oficial a respeito do assunto. “A TIM informa que, em relação à banda larga fixa Live TIM, a operadora não comercializa planos com franquia mensal de dados e bloqueio após o consumo. A companhia também não prevê mudanças nos planos atuais, que são comercializados de acordo com a velocidade de conexão”, explicou a marca.
Vale lembrar que, atualmente, a Live TIM oferece cinco planos de internet fixa via fibra óptica: 35 Mbps, 50 Mbps, 70 Mbps, 90 Mbps e 1 Gbps. A companhia se orgulha de figurar no topo do Netflix ISP Speed Index, um índice proprietário da Netflix que lista os provedores de internet banda larga cujo serviço oferece uma melhor experiência de streaming de vídeos para o usuário. Tudo indica que a companhia pretende manter esse renome ao não impor limites de navegação para o usuário final.
A Live TIM afirma que não pretende estabelecer franquias em seus planos de banda larga

Copel: Paraná está seguro

Outra operadora que já anunciou que não irá impor o sistema de franquias é a Copel, empresa regional que atua somente no estado do Paraná. A companhia ressaltou seu posicionamento a respeito da polêmica através de uma postagem em seu perfil oficial no Facebook. Atualmente, a corporação oferece planos de 50 Mbps, 75 Mbps e 150 Mbps, todos por fibra óptica.

Uma tendência mundial ou um retrocesso brasileiro?

Infelizmente, não é só no Brasil que podemos encontrar operadoras de telefonia móvel que usam o modelo de franquias em seus planos de banda larga. Nos Estados Unidos, por exemplo, a AT&T oferece a internet fixa U-Verse – em seu plano de 45 Mbps, o usuário só pode movimentar até 250 GB de dados por mês. Algo parecido ocorre com quem é cliente da XFINITY, marca da Comcast: o plano de 25 Mbps é acompanhado de uma franquia de 300 GB.
Porém, é importantíssimo lembrar que, na América do Norte, o cidadão tem um número muito maior de opções para escolher na hora de contratar um serviço de banda larga – e várias prestadoras oferecem conexão ilimitada. Além disso, as operadoras que limitam a quantidade de dados que o consumidor pode utilizar são frequentemente alvos de críticas por parte da população e da mídia especializada.
A AT&T, provedora norte-americana, também usa o modelo de franquias para seus planos de internet

Não, a Anatel não vai interferir

Assim que as operadoras decidiram adotar o modelo de franquia para planos de banda larga, os olhos imediatamente se voltaram para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O órgão regulador – que deveria vetar qualquer tipo de postura abusiva por parte das provedoras de internet – não parece estar interessada em intervir no assunto, mesmo que a insatisfação dos consumidores esteja mais do que clara.
As empresas podem optar pelo modelo de negócio que julgarem mais adequado
Procurada pelo TecMundo, a instituição afirmou que a prestação de serviço de banda larga fixa é de regime privado, estabelecido pela Lei Geral de Telecomunicações (9.472/97). De acordo com tal documento, as empresas podem optar pelo modelo de negócio que julgarem mais adequado às práticas comerciais. Só é necessário que a provedora informe com antecedência caso o cliente esteja prestes a ultrapassar a franquia informada no momento em que aceitou o contrato.
“A regra se aplica a qualquer serviço de telecomunicações que seja vendido com limitação por franquia, voz ou dados são os exemplos mais comuns. Em adendo informamos que as prestadoras poderão definir com quanto tempo de antecedência o consumidor será informado”, afirma o órgão regulador. “Além disso, a operadora precisa disponibilizar, no espaço reservado ao consumidor na Internet, recurso que possibilite o acompanhamento adequado do uso do serviço contratado, durante sua fruição”, completa.
Reguladora dos serviços de internet no Brasil, Anatel não vê problemas nas franquias em banda larga

Os órgãos de defesa do consumidor começam a agir

Em um texto publicado em seu site oficial, a Associação de Consumidores PROTESTE afirmou que considera ilegal a imposição de franquias em planos de banda larga por parte das operadoras brasileiras. “Em ação civil pública que tramita desde maio de 2015, a Associação já questiona a medida. Na ação, foi pedida uma liminar contra as operadoras Vivo, Oi, Claro, TIM, e NET para que sejam impedidas de comercializar novos planos com previsão de bloqueio à conexão após fim da franquia do 3G e da internet fixa”, explica.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) também não ficou quieto. Para o órgão, não há argumentos técnicos e econômicos que demonstrem a necessidade de redução da franquia de dados nesses planos. De acordo com Rafael Zanatta, pesquisador em telecomunicações, os contratos que preveem desconexão da internet após atingir o limite da franquia são ilegais. “Tais cláusulas são nulas, pois violam o Marco Civil da Internet, em especial o artigo 7, que prevê que o usuário só pode ser desconectado por atraso de conta e não por uma suposta limitação de franquia”, explica.
PROTESTE e Idec já se pronunciaram sobre o assunto

Ministério da Justiça investiga um possível cartel

A situação é tão preocupante que até o Ministério da Justiça resolveu entrar no jogo. A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon) afirmou ter aberto um inquérito civil para investigar a repentina decisão de adotar o modelo de franquia por parte de tantas operadoras ao mesmo tempo. De acordo com o promotor Paulo Roberto Binicheski, é possível que estamos presenciando a formação de um cartel, algo que deve ser prevenido pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
O Brasil terá a internet mais cara do mundo
"A proposta de alteração do sistema de cobrança reflete planos comerciais abusivos, com o propósito disfarçado de encarecer os custos de utilização da internet pelo usuário médio", afirmou Binicheski, durante uma coletiva de imprensa realizada no início de março. “O Brasil terá a internet mais cara do mundo”, sintetiza. As operadoras terão que justificar a mudança repentina ao Ministério, que analisará as respostas e adotará as medidas necessárias.
O promotor disse ainda que a investigação tem como objetivo final convencer a Anatel a alterar sua regulamentação, visto que o modelo de franquias não é benéfico ao consumidor. De acordo com Binicheski, vários clientes insatisfeitos têm entrado em contato com o Prodecon para reclamar do limite, o que incentivou o órgão a abrir o inquérito.
Adoção das franquias vai contra o Marco Civil da Internet

A opinião de um especialista em direito eletrônico

De acordo com Raphael Chaia, advogado e professor de direito eletrônico da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), a decisão das operadoras é um retrocesso grave. “Vivemos a era da internet das coisas, cada vez mais os objetos da nossa casa estão conectados em tempo real, exigindo uma constante conexão com a internet. O uso da internet doméstica é e sempre foi mais intenso que o da internet móvel, por isso, dar o mesmo tratamento às duas é de um equívoco absurdo”, comenta.
Os contratos antigos devem ser mantidos nos termos aceitos pelo consumidor
Em relação a possível formação de um cartel, Chaia diz que não há como afirmar nada sem provas. “O que esperamos, porém, é que tais comportamentos fomentem o surgimento de provedores menores que possam fazer frente e concorrer com os gigantes, oferendo acesso ilimitado aos seus clientes, afinal, a melhor forma de se obter serviços de qualidade ainda é com a concorrência”, explica o especialista.
O especialista ressalta ainda que a regra da Anatel que permite a mudança de planos para serviços em andamento entra em conflito com o Código de Defesa do Consumidor, com o Código Civil e com todas as normas de boa-fé contratual. “Uma resolução não pode estar acima da lei, ainda que editada por uma agência reguladora (órgão da administração pública indireta). Ao meu ver, os contratos antigos devem ser mantidos nos termos aceitos pelo consumidor, e quaisquer mudanças dependem de novo aceite pelo contratante”, finaliza.
Para especialista, regra da Anatel vai contra o Código de Defesa do Consumidor e Código Civil

Movimento ISL: o clamor popular

Uma das iniciativas mais populares que surgiram depois que tantas operadoras confirmaram o modelo de franquia foi o Movimento Internet Sem Limites (MISL), que se resume a uma página no Facebook (já com 180 mil curtidas) e um perfil no Twitter. Em entrevista ao TecMundo, porta-vozes do coletivo afirmaram que o movimento surgiu de canais de bate-papo no IRC e que não era possível revelar a identidade de seus fundadores.
“Somos apenas um grupo de usuários dos mais diversos segmentos da rede, com as mais diversas profissões e de diversos lugares do país que não aceitarão ter seus direitos esmagados silenciosamente”, afirmou o grupo. De fato, entrevistamos os membros do coletivo, e eles “garantiram” que, após reunir o máximo de pessoas para dentro do movimento, pretendem transformar a indignação popular em uma força democrática.
“Ainda não podemos adiantar como iremos fazer isso, pois cada passo está sendo tomado com cautela. No entanto, todos que nos apoiam podem ter certeza de que isso romperá a barreira virtual”, explicou o representante, por email.
Movimento já uniu quase 200 mil internautas em poucos dias de existência

A opinião dos ativistas

O TecMundo também foi atrás de movimentos ativistas para saber o que eles têm a dizer a respeito do assunto. Membros do Anonymous Rio, Anonymous FUEL e Asor Hack Team conversaram com a nossa equipe e se mostraram contrários ao novo modelo de cobrança. “Assistimos hoje a uma tentativa de uma prática de truste entre as maiores empresas de comunicação do país com o objetivo de reformular completamente as regras do mercado de telefonia, pois seus principais serviços foram abandonados a ponto de linhas telefônicas fixas só serem vendíveis para os clientes através de vendas casadas”, afirmam.
A Internet é uma ferramenta disruptiva sem precedentes na história humana, e a defenderemos com afinco
Quando questionadas se pretendem tomar organizar alguma ação contra as operadoras, as células nos dão uma resposta impressionante. “As pessoas precisam entender que a autonomia delas está sendo ferida com essa transformação e que uma das principais ferramentas de articulação política do nosso tempo não ficaria ilesa por tanto tempo. A reação não tem que vir apenas de ativistas virtuais, ela precisa vir do povo, organizado de maneira independente, pela manutenção de seus direitos. Acreditamos que o mais importante agora seja fazer as pessoas perceberem como a estrutura de monopólios financeiros regula suas existências, sua liberdade de escolha, seu potencial de expressão. E se elas perceberem isso, Anonymous não precisará fazer nada”, explicam.
“A Internet, hoje, está muito além de um luxo ou fetiche nerd. Ela incluiu, embora tenha muito o que melhorar nesse quesito, aqueles atores econômicos e sociais que antes eram engolidos pelos monopólios. A Internet é uma ferramenta disruptiva sem precedentes na história humana, e a defenderemos com todo afinco. Se as provedoras quiserem realmente comprar essa briga, fiquem à vontade”, completam os ativistas. 
Ativistas declaram sua opinião a respeito do assunto

O que você pode fazer para impedir a mudança?

Você, como um usuário dos serviços de telecomunicações, tem todo o direito de mostrar sua insatisfação com o modelo de cobrança proposto pelas operadoras. Além de compartilhar conteúdos educativos a respeito do tema (como esta reportagem), é possível:
  • Assinar este abaixo-assinado: hospedado na plataforma Avaaz e criado por um internauta identificado somente como Gabriel, o documento precisa reunir 400 mil assinaturas antes de ser entregue para as prestadoras brasileiras;
  • Formalizar uma reclamação no PROCON: essa é a dica de Raphael Chaia. Através do site oficial da fundação, você encontra informações sobre como protocolar uma contestação contra as provedoras;
  • Fazer pressão contra a Anatel e políticos: entre em contato com o órgão regulador e com os políticos que você elegeu – é o dever deles proteger os interesses da população e movimentar processos legislatórios que proíbam a adoção desse formato de cobrança.
O TecMundo deixa claro seu posicionamento contra a aplicação de franquias em planos de banda larga, visto que tal modelo de negócios é uma afronta aos princípios da internet e uma grave ameaça aos direitos do cidadão.

fonte: TECMUNDO

quarta-feira, 6 de abril de 2016

FLISOL 2016 - VAMO LÁ!!

   
Um Installfest é um evento, geralmente patrocinado por um Grupo de Usuários Linux ou universidade, em que pessoas se reúnem para realizar instalações em massa de sistemas operacionais de computador ou software, principalmente o sistema operacional Linux e outros softwares de código aberto. É geralmente um evento de apoio e de construção da comunidade, onde iniciantes trazem seus computadores juntamente com os discos de instalação de seu sistema operacional preferido ao local do installfest, e usuários experientes os auxiliam a iniciar e a resolver problemas. Às vezes CDs contendo alguma distribuição de Linux e informativos são distribuídos gratuitamente aos participantes. Os installfests recebem bem todo nível de conhecimento, de iniciantes completos a usuários avançados. Os installfests podem variar de encontros informais a festas com comida, bebida e música. O tom e o escopo do evento dependerá da organização que o patrocina. A palavra /Installfest/ é uma junção de /instalação/ e /festival/. O termo /install fest/ ou a variação /Install Fest/ são também utilizados. /Installfest/ captura a atmosfera festiva de pessoas auxiliando umas às outras através de instalações muitas vezes difíceis.
fonte : http://pt.wikipedia.org/wiki/Installfest

Local

  • Local do Evento: Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia - IFBA
  • Endereço: Rua Emídio dos Santos. Barbalho. Salvador-BA
  • Data: 16/04/2016

Horário

  • Horário de início: 8h
  • Horário de fim: 17h

Site oficial

http://opai.github.io/flisol-2016/

Microsoft lança sua própria distribuição Linux com foco em datacenters

 

 

 

A Microsoft já foi uma empresa muito fechada no passado, mas os tempos são outros, e a direção da presidente, Satya Nadella, certamente está trazendo mudanças. Ontem (17), a gigante de Redmond anunciou um novo produto que corrobora os avanços que a companhia está conquistando: uma distribuição Linux.
Chamado Azure Cloud Switch, o sistema oferecerá um serviço baseado na nuvem desenhado para datacenter. Segundo a própria Microsoft, o ACS permitirá depurar, corrigir e testar erros de softwares de forma muito mais rápida. Além disso, o software será flexível e permitirá reduzir seus próprios recursos para desenvolver ferramentas de rede personalizadas.
Uma característica chamativa do sistema é que o gerenciamento dos switches em um datacenter poderá ser feito por meio da interface do Microsoft Azure. Máquinas com Apache serão visualizadas como servidores Windows, e várias operações poderão ser executadas sem que seja necessário digitar código em um terminal.


A dona do Windows sempre teve um repertório sólido de produtos no meio empresarial, mas a decisão de usar Linux em sua última solução não deixa de ser uma surpresa. No comunicado oficial, a companhia deixa claro que agora está muito mais aberta: “Na Microsoft, nós acreditamos que há muitas plataformas boas de hardware no mercado. A ideia é termos uma concorrência saudável com outras soluções, aumentando a velocidade e diminuindo custos”.

O QUE EU ACHO?
 -Essa discussão ferrenha de software livre x software proprietário é bobagem visto que temos espaço para todos. E quem decide é o usuário, cada um com suas vantagens e desvantagens. 
Até a microsoft utiliza o Linux por que o usuário do windows não pode experimentar também?
Pense nisso!!

David Sodré
Fonte: TECMUNDO

quarta-feira, 30 de março de 2016

O cinema e a internet

  • mapa 3
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  • mapa 3
Na década de 80, do século passado se preconizou que o cinema iria terminar em função da disseminação dos conteúdos de cinema em vídeo. De fato houve uma diminuição das salas de cinema e sua adequação aos novos tempos com mais salas dentro de um mesmo espaço, oferecendo uma programação mais flexível. A multiplicação de locadoras de vídeo deu aos espectadores controle sem igual sobre o que viam, anunciando a interatividade.
 
Com a popularização da internet entre os meios de comunicação, muitas barreiras foram quebradas em relação a variedade de conteúdo. Atualmente todos podem se informar sobre um mesmo assunto valendo-se de várias fontes e é possível qualquer usuário disponibilizar conteúdo, seja em páginas pessoais ou em sites comerciais, apresentando um cenário otimista dentro da industria cultural.

A invenção do computador trouxe a possibilidade de digitalização da informação. Com a digitalização e a internet, temos possibilidade de disseminar em escala infinita, informações e conteúdos, sejam eles textuais, imagens, sons e também combiná-los formando assim a multimídia. O rápido desenvolvimento da multimídia possibilita e facilita a distribuição, disseminação e recepção dos conteúdos cinematográficos e audiovisuais. Esse cenário favorece produtores e realizadores de vídeo ou filmes para televisão e cinema, que podem hoje contar com um espaço livre e em muitos casos gratuitos para divulgação e disponibilização de suas obras.

Depois de um século de película, houve uma grande mudança tecnológica e o advento da filmagem digital, onde diretores e cineastas obstinados puderam produzir filmagens de longas com baixo orçamento. Essas facilidades técnicas e financeiras, aliadas a proliferação de festivais, como o Sundance, estimularam o se convencionou chamar de “cinema independente” em todo o mundo, causando grande impacto num público, já anestesiado pelos blockbusters da indústria tradicional americana.

A internet veio a facilitar ainda mais a integração do público com as obras. A apenas um clique de distância, as pessoas podem conhecer novas culturas e acessar conteúdos produzidos em qualquer país.  Muito embora as produções norte-americanas ainda predominem no mercado cinematográfico e ocupem lugar de imponência, a internet cada vez mais torna possível o contato do público ocidental com produções antes jamais imaginadas. Como produções engajadas, realizadas em países orientais, europeus e da oceania que sem tradição audiovisual vem destacando-se com temas como  ecologia, meio ambiente, responsabilidade social e críticas a sociedade contemporânea, ganhando cada vez mais espectadores.

As novas tecnologias de televisões de alta definição, recursos de interatividade e aparelhos DVD, diminuem a audiência dos cinemas em todos os países globalizados. Alia-se a esta realidade o crescimento dos acessos a internet e suas possibilidades de disponibilização de conteúdos fílmicos.
Estamos vivendo a transição da supremacia da televisão e a reconfiguração à nova mídia da Web. A convergência de mídias já está entre nós  há anos e nos possibilita a captura  filmes da web,  seu armazenamento em PCs e  sua exibição, através de cabos, em  TVs.  Hoje tecnologias sem fio também podem fazer a ligação destes mundos.

Existem algumas questões que estão sendo gestadas, como em relação a necessidade de adaptação e até mesmo transformação com relação as linguagens criadas e desenvolvidas especialmente para produções direcionadas para internet, como por exemplo a linguagem da interatividade.

As tecnologias digitais avançadas e cada vez mais difundidas contribuem  para o processo  de massificação e pulverização da criação audiovisual. Os custos para aquisição de tecnologia digital estão cada vez mais acessíveis a todas as camadas da população. Os suportes como a internet e o celular, ferramentas cada vez mais fáceis e  disponíveis  ao público, popularizam e ampliam o espectro de audiência.

Os novos tempos poderão mudar a forma de assistirmos a um filme, tanto do ponto de vista de quem faz,  quanto de quem assiste.  O vídeo já oferecia uma certa autonomia nas condições de recepção e visualização de uma obra com as possibilidades de avançar, retroceder, pausar. Controle este que o cinema não proporciona em seu local original. Nos tempos atuais, pela internet ampliou-se muito mais as possibilidades de operações possíveis, tais como, editar, apagar, sobrepor, distorcer, fundir. Os programas estão a disposição do usuário. O cinema na internet possibilita a interatividade.

Mais do que isso, hoje em dia, todos podem fazer seus filmes, seja com utilização de câmeras digitais, que tem seu custo a partir de quinhentos dólares americanos, ou utilizando câmeras em celulares amplamente disseminadas, bem como ilhas de edição domésticas obtendo excelente qualidade. Todos podem concretizar suas idéias, desde que estejam bem dimensionadas. Mesmo que falte estética e técnicas aprimoradas. A igualdade de oportunidades é mais real que nunca. E o celular, mais ainda que a internet permite a visualização praticamente em tempo integral.

O  fato é que há ainda uma carência conteúdos com roteiros criados e pensados a partir e para esta mídia ( internet) especificamente, onde a qualidade de texto,  pertinência de idéias, soluções criativas, possibilite desdobramentos tanto na linguagem quanto interatividade, e, justifiquem  maiores investimentos de empresas, governos e profissionais independentes.

Como anda a literatura em tempos de internet?

Segundo o escritor e ensaísta Kenneth Goldsmith, a internet está para a literatura assim como a fotografia esteve para a pintura. Diz o autor que se o advento da fotografia, ao retratar objetos com mais realismo e precisão, obrigou a pintura a partir para o abstracionismo, o surgimento da internet, ao disponibilizar uma quantidade sem precedentes de texto, obriga a literatura a repensar a si mesma. Nesse sentido, seu interessantíssimo livro Uncreative Writing defende que o conceito de “criatividade” seja algo obsoleto, assim como a noção de “autoria” – para ele não precisamos que nada mais seja criado, mas devemos aprender a usar e negociar a vasta quantidade de texto que já existe.

Kenneth Goldsmith. Foto: Charla Jones/Globe and Mail
Kenneth Goldsmith.
Foto: Charla Jones/Globe and Mail

Usar o que outros já criaram remete, é claro, à prática do remix (ou do sampler em outro termo). Depois de uma breve pesquisa descobri que houve uma onda de escrita sampler no Brasil mais ou menos entre 2009 e 2011. O site MixLit, cujo autor se apresenta como o DJ da literatura, faz uma série de posts que são nada mais que colagens de outros textos, sempre selecionando partes que se encaixam, para que no final algum sentido seja produzido. O blog objeto sim objeto não, por sua vez, fez um manifesto pelo cut & paste literário, “um texto coletivo sobre o fim do autor solitário e poderoso, um documento sobre o tempo em que as palavras e as coisas precisam se libertar do seu valor de mercado e circular livremente”.
Recentemente, o colunista Hermano Vianna também fez considerações sobre isso em sua página, ao deixar no ar a ideia de que o garoto que em 2012 copiou uma receita de miojo na redação que escreveu pro Enem seja, na verdade, um gênio da uncreative writing. Quando falamos em remix,  sampler ou copy & paste aplicados à literatura, é desse movimento – uncreative writing – que estamos tratando.
Mas ele não é o único – também existem outros movimentos que podem ser destacados. Um sucesso editorial recente foi o livro Eu me chamo Antônio, baseado na mistura de desenho e escrita que o autor publicava em sua página no Facebook. Essa mistura de letras e imagens constitui o estilo chamado de visual writing, que vem ganhando cada vez mais adeptos, como a página ex-estranhos. Esse estilo parece ser uma aproximação entre escrita e criação de memes – são textos curtos com imagens fáceis de digerir, concebidos e criados para serem compartilhados. 


O visual writing parece confirmar a frase que diz que vivemos na “Era da Imagem”, como se nos nossos tempos o texto por sí só já não fosse suficientemente atrativo. Mas pelo o que se pode ler de Kenneth Goldsmith, a verdade é o contrário. Segundo este, com a internet, a “Era da Imagem” se extinguiu, ao passo que entramos na época de “Vingança do Texto”. Isso porque o que tomamos como gráficos, sons e movimentos em nossas telas nada mais sã0 do que uma fina camada, por baixo da qual existe um mar de linguagem textual. Uma mostra disso pode ser vista a partir do seguinte experimento: vá na sua pasta de imagens, escolha qualquer uma (de preferência que não vá usar) e modifique a extensão dela de jpg para txt. Abra esse arquivo e o que você vai encontrar é puramente texto, esse que serve de base e possibilita que a imagem apareça pra você tal como ela é. Você pode modificar o texto desse arquivo, salvá-lo, e depois passá-lo para jpg novamente. Ao abrí-lo, o que você verá é outra imagem.
Além disso, todos os sites que navegamos tem como base o (textual) código HTML. Goldsmith vê, dessa maneira, a linguagem como matéria, e não apenas como produtora de sentido, o que faz com que programadores e poetas estejam, em sua visão, em pé de igualdade em nossa época, enquanto especialistas em manipulação da matéria textual.

Fontes: Deli Art

quarta-feira, 16 de março de 2016

EXTRA! EXTRA! Popeye é um cyborg!!

 
Antes de começar, quero citar um trecho do texto do Profº Edvaldo - A CULTURA DO CORPO MUTANTE, "Equipar o corpo, construir a eficiência. O novo ideal de que a carne deve ser remodela, mescladas com próteses, naturais e artificiais, acentua as funções úteis da biotecnologia: elaborar, dinamizar e alimentar os corpos mutantes. Ao mercado do corpo, incentivado pela publicidade, cabe o pavoneamento dos cânones efêmeros em festejos cotidianos."
 
Passei a minha infância sem saber que esse marinheiro baixinho não passava de um ciborg que ativa seus super poderes ao ingerir este composto de espinafre enriquecido com nano partículas de moléculas que fazem duas fibras musculares melhorarem e aumentar a força física. Bem que eu imaginei que algo estaria errado... Eu também comia espinafre e não ficava com a força do Popeye, era de se esperar eu não era um ciborg! Alías... Sou um ciborg desde o dia em que eu nasci, pois fui vacinado... Caramba.... Também sou um ciborg! 

Mas e agora? Todas as pessoas que conheço são vacinadas, possuem uma obturação dentária, óculos, SIM! Painho (meu pai), Mainha (minha mãe) e eu usamos óculos... Caramba! Sou oriundo de uma família de ciborgs!
 
A minha concepção de ciborg era de seres humanos contituidos de partes mecanincas/eletronicas para sobreviver ou suprir uma deficiência física! Mas até com a minha própria concepção vejo que até o pirata do desenho é um ciborg.. Pois ele tem uma perninha de pau né! Capitão gancho um ciborg com um gancho no lugar da mão!
 
Fico me perguntando, e quem tem um olho de vidro? É um ciborg também?
 
Para concluir deixo um pedido a vocês que estão lendo.
 
Caso conheçam algum humano "original" diz pra ele entrar em contato! Tenho vontade de saber como é ser um ser humano normal sem traços ciborgs...
 
E sr Popeye, hoje descobri que vc não é um marinheiro e sim um ciborg. Entrarei em contato com o Bruutus e com a Olívia Palito para informa-los que o senhor é um farsante e esconde este segredo de todos nós!

David Sodré
16/03/2016

quarta-feira, 2 de março de 2016

Vamos falar de Cibercultura?


 Antes de falar dela, assista esse pequeno vídeo...

https://www.youtube.com/watch?v=fzHKUWyouo0


Então...
Conseguiu entender ao que se refere?

A cibercultura trata-se da troca social feita também através do uso das novas tecnologias

Interconexão

No advento da cibercultura a peça fundamento paratudo funcionar são os meios tecnológicos juntamente com seus usuários frenéticos se comunicando a todo segundo com todo tipo de informação.
Toda essa rede de pessoas e dispositivos fazem a interconexão realidade e cada um utiliza da forma que lhe é mais conveniente.
Um exemplo atual hoje é o Whatsapp onde todos estão conectados e compartilhando informações, mídias e etc.

Comunidades Virtuais

Sim, é isso mesmo!
Várias pessoas com interesses em comum sobre determinado assunto se agrupam em um determinado local no ciber espaço e ali trocam informações, idéias, discutem sobre os assuntos que lhes são convenientes.
Um exemplo de comunidade virtual são os grupos do FaceBook onde ali existem diversos usuários que compartilham do mesmo interesse e trocam ideias em tempo real.

Inteligência Coletiva

Um dos conceitos mais importantes abordados por Pierre Levy é a noção de inteligência coletiva, que tem que ser aumentada com a transparência dos dados, com o colaborativismo e com o pensamento crítico diante dos algoritmos (avaliar as fontes de informação que recebemos, cruzar dados, colocar as coisas dentro do contexto). A construção do conhecimento é realmente ligada a inteligência coletiva pois a partir de cada um pode-se conseguir algo grandioso e útil para ser utilizado por todos.
Um exemplo prático na minha concepção é o uso do Waze onde a partir da localização, informação e condição do usuário logado outros usuários podem mudar suas rotas para evitar congestionamentos.

Cultura Digital e Educação

A cultura digital e educação quer se constituir num diálogo ativo na busca por mudanças de paradigma na educação. A ideia é apoior no compartilhamento de experiências que exploram, demonstram e analisam as possibilidades criativas da integração das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) aos currículos escolares.
Em outras palavras, utilizar os meios tecnológicos para ensinar na sala de aula e transformar a escola tradicional na escola do futuro. Provendo aos seus alunos e professores experiências de aprendizado próximas das atividades cotidianas de lazer quando se tratando de ambiente virtual/digital.

David Sodré Lins





quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Por que ensinar programação na escola?



Foto: Shutterstock

As melhores ferramentas e as novidades sobre o uso das TIC na sala de aula


Muitos professores só de ouvirem falar em fazer uso das Tecnologias da Comunicação e Informação (TIC) já começam a suar frio. Agora imagine se a sugestão for ensinar programação? Antes que você pare de ler, adiantamos que o bicho não é tão feio quanto parece e – pasmem – em algumas situações você pode ensinar a programar sem ter que usar um computador.  Para perder o medo e ajudar a ter coragem para dar os primeiros passos no assunto, Charles Niza, mestre em engenharia da computação e consultor em tecnologias educacionais, responde algumas perguntas que muitos de vocês já devem ter feito sobre o assunto.
Por que ensinar programação na escola?
“O ensino de programação para crianças e adolescentes tem crescido exponencialmente no Brasil e no mundo. Além do surgimento de escolas especializadas, muitos colégios têm a proposta em suas atividades curriculares. O ensino de programação é importante porque estimula a criatividade, a autonomia e desenvolve o raciocínio lógico e a capacidade de resolução de problemas e trabalho em equipe, habilidades muito valorizadas no século 21.”
Como essa linguagem pode ajudar no ensino das diferentes disciplina?
“A programação pode estar nas escolas de diversas maneiras. É possível ensinar programação ou ensinar com programação. Em algumas escolas, ela faz parte da grade curricular como uma disciplina à parte. Em outras, como atividade complementar, realizada em oficinas no contraturno, geralmente uma ou duas vezes por semana. Há professores que utilizam a programação como ferramenta para trabalhar conteúdos e explorar determinados temas. Quando ensinada de forma contextualizada, a programação pode ser uma grande aliada no ensino das disciplinas básicas, como português e matemática. Um professor de matemática, por exemplo, pode utilizar a programação no estudo do espaço e das formas no campo da geometria e no estudo dos números e das operações no campo da aritmética. Enquanto um professor de língua portuguesa, por sua vez, pode utilizar a programação como ferramenta de suporte no processo de alfabetização e letramento. Independentemente da forma, o importante é que o ensino de programação nas escolas não seja visto como fim em si mesmo, mas como uma nova forma de expressão e principalmente, como uma maneira de aumentar a aproximação e o envolvimento do aluno com o conhecimento.”
Posso ensinar programação sem saber programar?
“Para ensinar programação para crianças, o professor não precisa ser programador ou especialista, basta ter afinidade com informática, interesse pelo tema e vontade de aprender. O primeiro passo é buscar conhecer e explorar ferramentas que foram desenvolvidas para o ensino de programação para crianças. Elas são simples e fáceis de serem aprendidas. Muitas delas são gratuitas e estão disponíveis em português. É o caso do Scratch. Com o ele, qualquer professor, mesmo sem conhecimento prévio, pode ensinar programação para crianças de forma simples e intuitiva. Por meio de blocos de comandos que se encaixam como se fossem peças de Lego, o Scratch permite a criação de jogos, animações e histórias interativas que podem ser facilmente disponibilizadas no site do projeto e compartilhadas com crianças de outras escolas. A ferramenta ajuda a dar forma à imaginação. Aí, o limite é a criatividade.”
Minha escola não tem muito acesso à tecnologia. Como faço?
“Existem diversas iniciativas que têm por objetivo facilitar a introdução do ensino de programação nas escolas. Muitos sites disponibilizam gratuitamente materiais de apoio com diversas atividades offline para estimular o desenvolvimento do raciocínio lógico e do pensamento computacional sem que seja necessário utilizar computadores ou depender de acesso à Internet. É o caso dos movimentos Programaê Code.org, que têm por objetivo desmistificar e democratizar o aprendizado de programação. Para isso, eles disponibilizam em seus sites uma série de atividades desplugadas, justamente para professores que desejam ensinar programação, mas, não dispõem de muito acesso à tecnologia nas escolas onde lecionam.”

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

http://tecciencia.ufba.br/isaquedesantana/tecciencia/imagem-1-.jpg
fonte: http://tecciencia.ufba.br/isaquedesantana/tecciencia/imagem-1-.jpg

Avaliação heurística da rede social educacional TecCiencia

Jean Rosa, Anna Friedericka Schwarzelmüller, Ecivaldo Matos. Departamento de Ciência da Computação da UFBA

As redes sociais virtuais tem tomado espaço no Brasil,deixando o país no topo dos índices de pesquisas de utilização dessas tecnologias. O TecCiencia tem como proposta ser um ambiente educacional baseado em redes sociais virtuais onde os alunos e professores constroem o conhecimento através da colaboração. Este artigo tem como objetivo apresentar a avaliação da qualidade da interação humano-computador do TecCiencia por meio da técnica de avaliação heurística proposta por Nielsen. Esse método foi escolhido por possuir sinergia com as heurísticas de ensino-aprendizagem.
Dentre os resultados, foram identificados problemas de usabilidade
que podem influenciar as interaçõe s pedagógicas e, consequentemente,
a aprendizagem. Essa avaliação apresentou subsídios para o redesign de
interação do ambiente.

Você pode conferir o artigo inteiro através desde link!

fonte: LDB DCC UFMG

Programa Onda Digital - UFBA

 http://mundodabiologia.com.br/wp-content/uploads/2012/03/onda-di.jpg

O Programa Onda Digital (POD) foi criado em 2004, sob a coordenação do Departamento de Ciência da Computação (DCC) do Instituto de Matemática, como um programa permanente de extensão da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Contribuir com a inclusão sociodigital na Bahia, envolvendo a Universidade em ações educativas e de difusão da filosofia do Software Livre.

Princípios e Valores

  1. Construção Coletiva
  2. Comprometimento
  3. Solidariedade
  4. Transparência
  5. Proatividade
  6. Respeito

Relevância na Extensão Acadêmica

O Programa Onda Digital atua de forma colaborativa, incentivando a interdisciplinaridade com o envolvimento de profissionais de computação, professores, funcionários e estudantes da UFBA de diferentes unidades de ensino da universidade atuando como estudantes-educadores. Para os estudantes da UFBA, espera-se proporcionar uma formação profissional integral, atentando para seu papel social e permeando diversas áreas do conhecimento como computação, educação, comunicação, entre outras. Além de promover ações educativas complementares, focando os aspectos pedagógicos e sociais, a participação no Programa Onda Digital estimula o aprimoramento técnico desse profissional, com uso e desenvolvimento de software livre.
As ações do Programa têm propiciado o desenvolvimento não somente de trabalhos de extensão, mas também de iniciação científica e de conclusão de curso em Computação e Educação, bem como nas áreas de Inclusão Digital e Informática na Educação. A integração de estudantes universitários com os jovens de comunidades em vulnerabilidade socioeconômica (alguns destes com bolsa de Iniciação Científica Júnior), para a execução dos projetos, permite a Universidade desenvolver seu papel de extensão quebrando a frieza das teorias, assim, edificando novos paradigmas na educação.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Projeto de Inclusão Digital à região de Cajazeiras

A região de Cajazeiras, localizada na parte periférica da cidade de Salvador, possui uma densidade populacional muito grande tornando o conjunto habitacional mais populoso da América Latina.
A região comporta muitas escolas de nível básico ao nível médio de ensino que compreende a uma grande parte da população da cidade.
Infelizmente a realidade da educação nessa região, assim como em outras regiões não muito privilegiadas da cidade, não é muito legal. Há falta de oportunidades para os jovens estudantes e para comunidade de maneira geral, quando se fala em recurso tecnológico.
Nesta era digital, em que todos estão conectados, ainda há quem não tenha a oportunidade de se conectar e, não só isso, de se profissionalizar em funções onde o conhecimento das tecnologias é fundamental para o desenvolvimento e para o mercado de trabalho.
Juntos nesta batalha, alguns alunos da Universidade Federal da Bahia traçam planos para criação de um novo projeto de qualificação profissional, com foco em tecnologia para suprir a demanda de profissionais da área nos laboratórios de informática, centros de pesquisa, e etc.
O NETI Cajazeiras - Núcleo de Ensino em Tecnologia da Informação de Cajazeiras e o NETInho voltado para crianças, assim como poderão ser chamado, trata-se de centros escolares com a função de profissionalizar alunos em turnos opostos às aulas com aulas de Informática Básica, Manutenção em Computadores e Notebooks, Suporte Técnico Exteno, Suporte Técnico Help Desk, Programação básica de computadores, Desenvolvimento de Sites, Uso Inteligente de Rede Sociais entre outros curso que são carentes de profissionais nos dias de hoje em nosso estado.
O objetivo do NETI também conta com serviço de apoio à comunidade em suporte técnico e mutirão de oficina das escolas em que os próprios alunos poderão aplicar o conhecimento adquirido realizando o conserto a manutenção e ensinando as boas práticas de uso.
O projeto ainda está em estudo e conta com o apoio de escolas da região. Se ocorrer tudo nos conformes entrará em vigor até o final do ano de 2016.
Os alunos buscam parceria com Colegiados de Cursos da UFBA e apoio dos professores engajados com a causa da inclusão social e digital para tornar a ideia a realidade e assim poder mudar a realidade dos milhares de jovens talentos escondidos por essa grande região tão afastada do centro de Salvador.

Escrito por: David Sodré
Revisado por: Tamires Alves

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016



O Movimento Nacional de Inclusão Digital e Participação Social (ID+PS) é um coletivo de ONGs e instituições sociais voltadas à difusão e desenvolvimento de políticas públicas sobre a inclusão tecnológica da população brasileira e formas alternativas de integração da sociedade com as decisões tomadas pelos governos.
O movimento é responsável pela organização da Oficina Nacional de Inclusão Digital e Participação Social, que nas suas últimas 12 edições reuniu mais de 10 mil ativistas de diversos lugares do país para em atividades práticas e teóricas sobre o tema.
Instituições que fazem parte do movimento:

Sabe o que eu acho?
-Temos a faca e o queijo na mão para apoiar os movimentos de inclusão digital. Para isso não precisa existir um centro destinado para este fim se for da nossa boa vontade podemos incentivar nossos parentes mais velhos  utilizar os meios tecnológicos para fazer tarefas simples como pagar contas! Não é bom poder usar o celular para pagar uma conta? Que tal ensinar seu tio ou tia ou vizinho que ele pode usar o celular não apenas para ligar, que é possível usar o terminal de auto atendimento? Pensem nisso!

Até a próxima postagem!

De volta com força total!

É isso ai pessoal!


Hoje estou reativando o blog utilizado a uns anos atrás com meus colegas da Ufba e tenho uma nova proposta de tá contribuindo com vocês com informações e conhecimento adquiridos por mim com relação a tecnologia e inclusão digital!
Vou continuar com novas postagens sobre essa minha área que eu amo de paixão <3<3<3 e espero que vcs gostem!
Este sou eu,
David Sodré Lins ou só DS para quem quiser... ou só Davi pra mainha e painho ou etc.. hahaha
Então segura que eu tô chegando até a próxima postagem!!